Recursos Educativos
O professor é a grande referência do aluno, o «descodificador» do mundo a descobrir. No segundo septénio, a criança confia saudavelmente na sua autoridade e está disposta a aceitá-lo, a amá-lo e a respeitá-lo. Assim, cabe ao professor fazer jus destas predisposições e é este o cerne da formação de professores na pedagogia Waldorf.
É ao professor que cabe guiar o aluno no seu caminho individual através do percurso cultural do Homem na Terra. Transmitir-lhe as competências da Língua e do Cálculo, as capacidades que permitem ao indivíduo a aquisição de novos conceitos e a descoberta de novas realizações. Mas também dar-lhes o discernimento de que se se verificarem erróneas estas competências será necessário abandoná-las para dar lugar novos caminhos de cálculo e de pensamento.
Para que esta pedagogia seja posta em prática na Escola Waldorf a Oliveira, o professor tem ao seu dispor vários materiais e recursos educativos que utiliza livremente de acordo com as necessidades da sua classe e do trabalho pretendido.
Todos os materiais de desgaste têm origem natural e na sala de aula podem ser usados/as:
- quadros de ardósia e giz de várias cores;
- cadernos individuais para diferentes áreas curriculares;
- blocos e lápis de cera de várias cores, lápis de cor e caneta de tinta permanente;
- blocos de papel cavalinho A4 e A3;
- aguarelas e pincéis;
- ceras de modelar;
- livros de pedagogia Waldorf (fundamentação teórica e aplicação prática) para professores
- lãs, tecidos e agulhas (tricô, croché e costura)
- tesouras e colas
- papel de seda, de cera e vegetal
- flautas pentatónicas e de bisel
Em determinadas épocas de estudo, necessárias em alguns anos curriculares, como a agricultura ou as profissões, recorre-se a um material muito específico (enxadas, ancinhos, regadores, foices, sementes, madeira, serras, tijolos, cimento, areia…) que sempre que possível é fornecido pela escola.
As novas tecnologias/Informática
Embora atualmente a criança tenha desde muito cedo contacto com as tecnologias informáticas, o computador, como auxiliar da aprendizagem escolar, é introduzido apenas no início do 3º septénio (14-21).
Segundo as fases do desenvolvimento do ser humano, a atividade do pensar atinge a sua plenitude apenas após a maturidade sexual e a experiência tem mostrado, nas escolas Waldorf de todo o mundo, que introduzir o computador nesta idade não impede, antes propicia uma utilização mais consciente, madura e criativa. Verifica-se também nesta idade uma menor tendência ao vício.
Por estes motivos, no 1º e 2º ciclo de ensino básico, não é utilizado o computador como recurso educativo.